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21 novembro 2009

Potencial energético, economia e benfícios ambientais de uma Cogeração.


Cogeração, também conhecido por "Combinação entre calor e energia" (Combined Heat and Power - CHP), é a produção local de vários tipos de energia - normalmente eletricidade, calor e/ou frio - a partir de uma fonte de combustível. Cogeração normalmente substitui os métodos tradicionais aquisição de energia, tais como compra direto da concessionária ou a queima de gás natural ou óleo em fornos para produzir calor ou vapor. Enquanto o método tradicional de compra de energia elétrica de uma concessionária é muito conveniente e rápido, é muito ineficiente e desperdiça algo em torno de 75% da energia originalmente produzida devido a perdas na transmissão e produção.
Sistemas locais de Cogeração convertem de 70% a 90% da energia queimada pelo combustível em eletricidade ou calor. Dependendo da aplicação, a integração entre energia e produção de calor/frio em sistemas de Cogeração frequentemente oferecem uma economia de até 35% nos gastos em energia. Se sua fábrica é uma grande consumidora de energia, esta economia pode tranquilamente pagar o investimento de volta em cerca de 2 a 3 anos.
Os princípios da Cogeração já é conhecida de longa data e já foi usada de diversas maneiras - do primeiro gerador elétrico inventado por Thomas Edison em 1882 até modernas instalações de processamento químico. No passado, economia de escala favorecia grandes e complexos projetos ou situações especiais. Hoje, no entanto, as avançadas tecnologias de sistemas de Lean-Burn Gas, trocadores de calor e sistemas de controles digitais fazem com que os sistemas de cogeração sejam práticos e economicos para aplicações a partir de 300kW de potencia.
Claro, isto está originando muito mais interesse de pequenas ou grandes empresas, de pelo menos estudar se a Cogeração pode ser uma opção de melhoria, tanto com relação a eficiencia energética, quanto o de reduzir emissões e cortar custos.
O sistema de cogeração normalmente consiste em um motor primário que gira um alternador para produzir energia e um sistema de recuperação de calor do sistema de exaustão e do sistema de refrigeração do motor. O motor primário pode ser um motor a gás por queima Lean-Burn, um motor a diesel, uma turbina a gás, uma microturbina ou uma fonte de célula combustível. Enquanto a relação entre o calor e a eletricidade produzida pode variar entre todas estas opções, até 90% da energia originada pela queima do combustível pode ser convertida em energia em um sistema de Cogeração.
Menos de 10% da eletricidade usada nos Estados Unidos é produzida através de Cogeração, mas o departamento de energia (DOE) estabeleceu uma meta de dobrar a capacidade instalada de geração de energia por Cogeração até 2010. A União Européia já estabeleceu meta similar. A Suécia, onde a Cogeração é responsável pela geração de 77% da eletricidade do país e a Dinamarca (40%) já se encontram muito a frente dos outros países com relação a meta estabelecida.


No Brasil já existem diversas plantas de Cogeração em operção (normalmente entre 1MW a 10MW). Entre os principais candidatos a Cogeração estão Hospitais, Hotéis, Shopping Centers, Instalações do Governo, Faculdades e Universidades, Piscinas, Grandes Fábricas, Plantas de Produtos Químicos, etc.
A tecnologia avançada que possuímos hoje permite que sistamas de Cogeração de Energia sejam possíveis para uma gama muito maior de clientes e aplicações se comparadas com o passado.


Para informações mais detalhadas em ingles, visite www.cogeneration.org
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31 agosto 2009

Como Economizar na tarifa de Energia Elétrica?

Cada vez mais empresas estão precisando tomar decisões importantes que possam garantir sua competitividade no mercado e uma dessas decisões é através de redução de custos na energia elétrica. Cada dia que passa a palavra ENERGIA se torna um assunto cada vez mais forte e preocupante para as empresas que precisam dela para produzir e desenvolverem seus negócios. A utilização de Grupos Geradores (ou Grupo Gerador) para Geração de Energia Elétrica em Horário de Ponta pode ser uma das mais importantes alternativas para a redução do custo de energia gerada pela concessionária.
Antes, alguns conceitos importantes que precisam ser considerados:


Os consumidores de energia elétrica pagam, por meio da conta de energia emitida a cada mês pela empresa distribuidora de energia da sua região, um valor correspondente à quantidade de energia elétrica consumida, no mês anterior, estabelecida em quilowatt-hora (kWh) e multiplicada por um valor unitário, denominado tarifa, medido em Reais (R$) por quilowatt-hora (R$/kWh), que corresponde ao valor de um quilowatt (kW) consumido em uma hora. As empresas distribuidoras de energia elétrica prestam esse serviço por delegação da União na sua área de concessão, ou seja, na área em que lhe foi dada autorização para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica.
À Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é responsável por estabelecer as tarifas de energia elétrica de cada concessionária distribuidora de energia elétrica. Aprenda mais sobre Classes e Subclasses de Consumo.


As tarifas de energia elétrica são definidas com base em dois componentes: DEMANDA DE POTÊNCIA e CONSUMO DE ENERGIA.
  • A demanda de potência é medida em quilowatt (kW) e corresponde à média da potência elétrica solicitada pelo consumidor à empresa distribuidora, durante um intervalo de tempo especificado normalmente 15 (quinze) minutos e é faturada pelo maior valor medido durante o período de fornecimento, normalmente de 30 (trinta) dias. As tarifas de demanda de potência são fixadas em Reais por quilowatt (R$/kW).
  • O consumo de energia é medido em quilowatt-hora (kWh) ou em megawatt-hora (MWh) e corresponde ao valor acumulado pelo uso da potência elétrica disponibilizada ao consumidor ao longo de um período de consumo, normalmente de 30 (trinta) dias. As tarifas de consumo de energia elétrica são fixadas em Reais por megawatt-hora (R$/MWh) e especificadas nas contas mensais do consumidor em Reais por quilowatt-hora (R$/kWh).
Nem todos os consumidores pagam tarifas de demanda de potência. Isso depende da estrutura tarifária e da modalidade de fornecimento na qual o consumidor está enquadrado.
Podemos definir estrutura tarifária como sendo o conjunto de tarifas aplicáveis aos componentes de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência, de acordo com a modalidade de fornecimento. No Brasil, as tarifas de energia elétrica estão estruturadas em dois grandes grupos de consumidores, “Grupo A” e “Grupo B”.


As tarifas do “Grupo A” são para consumidores atendidos pela rede de alta tensão, de 2,3 a 230 quilovolts (kV), e recebem denominações com letras e algarismo indicativo da tensão de fornecimento como segue:
  1. A1 para o nível de tensão de 230 kV ou mais;
  2. A2 para o nível de tensão de 88 a 138 kV;
  3. A3 para o nível de tensão de 69 kV;
  4. A3a para o nível de tensão de 30 a 44 kV;
  5. A4 para o nível de tensão de 2,3 a 25 kV;
  6. AS para sistema subterrâneo.
As tarifas do “Grupo A” são construídas em três modalidades de fornecimento, sendo que a convenção por cores é apenas para facilitar a referência:


TARIFA CONVENCIONAL
TARIFA HORO-SAZONAL AZUL
TARIFA HORO-SAZONAL VERDE

Estrutura tarifária convencional é caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia e/ou demanda de potência independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. A tarifa convencional apresenta um valor para a demanda de potência em Reais por quilowatt (R$/kW) e outro para o consumo de energia em Reais por megawatt-hora (R$/MWh). O consumidor atendido em alta tensão pode optar pela estrutura tarifária convencional, se atendido em tensão de fornecimento abaixo de 69 kV, sempre que tiver contratado uma demanda inferior a 300 kW.
Estrutura tarifária horo-sazonal é caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano. O objetivo dessa estrutura tarifária é racionalizar o consumo de energia elétrica ao longo do dia e do ano, motivando o consumidor, pelo valor diferenciado das tarifas, a consumir mais energia elétrica nos horários do dia e nos períodos do ano em que ela for mais barata. Para as horas do dia são estabelecidos dois períodos, denominados postos tarifários.
  • O posto tarifário “PONTA” corresponde ao período de maior consumo de energia elétrica, que ocorre entre 17 e 22 horas do dia em um período máximo de 03 (três) horas.
  • O posto tarifário “FORA DE PONTA” compreende as demais horas dos dias úteis e às 24horas dos sábados, domingos e feriados.
Já para o ano, são estabelecidos dois períodos: “PERÍODO SECO”, quando a incidência de chuvas é menor, e “PERÍODO ÚMIDO” quando é maior o volume de chuvas. As tarifas no período seco são mais altas, refletindo o maior custo de produção de energia elétrica devido à menor quantidade de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, provocando a eventual necessidade de complementação da carga por geração térmica, que é mais cara.


A tarifa horo-sazonal azul é a modalidade de fornecimento estruturada para a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano, bem como de tarifas diferenciadas de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia.


A tarifa horo-sazonal verde é a modalidade de fornecimento estruturada para a aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano, bem como de uma única tarifa de demanda de potência.


Esta informação é basica para entendimento do processo horo sazonal. Aguarde o proximo post com mais detalhes de como o Grupo Gerador é utilizado para a redução na conta de energia.

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